sábado, 22 de setembro de 2007

Açores ou Aηoreso

Não percebem nada do título, pois não?
Pois eu também só percebi após o uso de uns quantos bons dicionários.

Saudações, amigos Terceirenses, embora hoje estenda esse cumprimento a todos os Açorianos.

Mas afinal o que é que se passa por esses lados?

Portas de Prata que afinal não são portas, Açores que não são Açores, outono que não é outono, e a Hortênsia diziam vós ser original dos... bem já nem sei como dizer... olha, dessas ilhas, afinal não o é, isto está lindo, está!

No meio disto tudo, já só falta dizer que essas ilhas, não foram descobertas pelos Portugueses, mas sim por um Grego qualquer e que no fim de contas, se chamam Aηores (isto tendo por base o nome do Arquipélago).

Erros, sempre os houve e sempre haverá. Faz parte da natureza humana. Muito mais quando falamos de acontecimentos ocorridos há mais de 500 anos, e dos quais, sobre alguns, pouca informação chegou aos nossos dias para sustentar a veracidade ou não dos factos, mas, pergunto eu, não seria preferível, quem de direito (as cabeças pensadoras e ordenantes dessas ilhas), pensarem numa correcção histórica dos factos?

Bem sei que não ides agora mudar o nome do arquipélago, seria pior a emenda que o soneto. Se já agora, lá por fora no estrangeiro, pouco sois conhecidos (e em Portugal Continental, deixe-me que vos diga que... enfim, deixem-me estar calado em relação a isso) então se houvesse lugar a uma rectificação cientifica, pior ainda.

Já há tempos que reparo, que o Português, e vós sois Portugueses (penso eu de que, como dizia o outro, agora até já tenho medo de escrever. Às tantas ainda aparece para aí um historiador a dizer que não sois, mas pronto, fiquemos por aqui), têm muito o hábito de dizer que isto ou aquilo é vosso. Parece que têm o poder sobre essas coisas. Em parte acho muito bem, concordo com essa posição, a Selecção Nacional de Futebol, é vossa, apesar de ter um treinador Brasileiro (que agora se dedicou ao pugilismo, acho muito bem, tem que arranjar algo para fazer na reforma), um jogador Brasileiro, e ao que parece está na calha a vinda de outro, mas é VOSSA. A Selecção de râguebi, também é vossa, e não vi nem metade do apoio que vi para com a de futebol. Gostos!
Mas isto tudo para dizer para apoiarem e usarem o que realmente é vosso. Então, Sr.s governantes, usam como símbolo de promoção dessas ilhas a hortênsia, como flor típica da região e afinal, mais não é que uma "praga" oriunda do oriente? E ainda se queixam dos Chinocas que vieram estragar o negócio? Vocês têm cá uma praga há bem mais tempo, e nunca se queixaram dela, aliás usaram-na como cartão de visita do arquipélago. Vá lá, pensem numa nova imagem de marca para promover as ilhas. Não usem coisas emprestadas. Quem sabe podem usar a ausência de outono nessas ilhas?

Bem, hoje fico por aqui.


Estou cansado...

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

A Via Rápida Angra-Praia

Mesmo antes de ler a opinião do Sr. Hildeberto Franco, publicada no Jornal Terceirense Diário Insular de 05-09-2007, que fiquei com a mesma opinião que o referido senhor.
Sim porque nós fantasmas, aqui por onde vagueamos, também temos opiniões e lemos jornais, da mesma forma que vemos televisão e ouvimos rádio.
Ora com que então, alguns dos meus amigos Terceirenses (permitam-me que os trate assim) estão contra as obras da via rápida Angra-Praia?
Obras exageradas, dizeis vós? Permitam-me que pergunte porquê? É que isto de ser fantasma, por vezes, de tanto passar através de portas e paredes, vai-me levando os poucos neurónios que ainda tenho.
Sempre iremos ter de conviver com o gado que circula nas nossas estradas? Será que temos?
É a nossa cultura, a nossa tradição? As tradições poderão continuar em estradas que a isso permitam. Que me lembre, antes de haver a via rápida Angra-Praia, já havia lavoura por aqueles lados, e a muda do mesmo também se fazia. Porque será que agora têm de o fazer numa via que foi construída para a circulação automóvel?
As tradições e a cultura são importantes? Concordo convosco, mas e a integridade física das pessoas que diariamente cruzam aquela via, para virem para o seu trabalho, para passearem, para produzirem riqueza para a ilha, etc., etc.? Essa não é importante?
Mas não estou contra as mal faladas vaquinhas, que coitadas, nada têm a ver com esta polémica. Elas têm de se alimentar, para ficarem bem apresentadinhas para acabarem no matadouro e darem aquelas belas peças de alcátra que vossas excelências de deliciam a comer nas festas que abundam por esses lados.
Da forma que o protesto é apresentado, parece que não se importam que vidas continuem a ser perdidas numa estrada que não apresenta segurança nenhuma.
Depois, reparo também que até de atentado ambiental ali realizado, os meus caros Terceirenses apelidam a obra!
Mais uma vez, permitam-me colocar outra questão:
Se fosse para uma praça de touros, ou para um super, hiper ou mega mercado ou centro comercial, por certo já não seria atentado ambiental. (epá, até já pareço aquela carinha laroca da telenovela. Então agora com 2.500€ em cada peitinho, ainda está mais laroca).
Novamente, nada tenho contra os touros e de quem atrás deles anda a correr. Só tenho pena de, graças a eles, metade da ilha parar, mas enfim, são as tradições e as culturas. Mesmo em relação aos hiper e companhias limitadas, não os olho de lado, aliás, tenho pena de não haver mais na ilha, assim sempre arranjariam mais um trabalhinhos para aqueles que nada têm para fazer e que anda a curtir às custas do rendimento mínimo, mas isso é assunto para outra visita deste vosso querido fantasma. Por agora vamos-nos centrar na questão da via rápida.
Faleis também, da questão das expropriações! Lá por ser fantasma, não consigo estar em todo o lado ao mesmo tempo, nem consigo ter acesso a segredos guardados a sete chaves, como tal, não sei se os valores pagos foram coerentes ou não. Os mais certo, que é o pão nosso de cada dia, nestas questões, é não ter sido, mas, e sou fantasma, não advogado e muito menos do diabo, será que a culpa é só do governo? Possivelmente os proprietários daqueles terrenos, quando os compraram ou herdaram, ou seja lá o que for, quando foram declarar às finanças a sua compra e ou venda, não disseram o valor real do negócio, ou disseram? Se disseram, bem então aí o governo é mesmo ladrão, mas como eu quase que aposto que não o fizeram, agora estavam à espera de quê? Milagres? Esperem sentados e façam muitas caminhadas à Serreta.
Então do que estavam à espera? Primeiro querem pagar pouco quando vendem ou compram um prédio, depois ficam de orelha murcha, porque o governo paga pouco por esses mesmos terrenos.
Ó meus amigos... então não sabem que as expropriações são feitas com base nos valores declarados dos terrenos?
Bem, isto já está longo e não quero bater muito mais no ceguinho, mas... É um investimento muito avultado, aquele que ali está a ser feito? Vocês realmente não sabem o que querem! Se investem é porque investem, se não investem, é porque não investem. DECIDAM-SE!!!
Vocês estão sempre a reclamar que o governo só faz grandes obras ali mais ao lado, em São Miguel, se me percebem, mas quando o governo decide fazer obras na vossa ilha, reclamam. Sinceramente, não vos percebo.
Mas pronto, vocês vivem em democracia (melhor ou pior, mas vivem, aqui por onde vagueio, não há nada disso) e todos são livres a exprimir a sua opinião, agora espero por ainda por cá andar a atormentar algumas almas terrenas, quando a obra estiver concluída e ver se aqueles que hoje criticam, não iram ser os primeiros a estarem à frente no dia da inauguração. E se não serão os primeiros a irem passear até à Praia para ir tomar um cafézinho na marina ou um donut cheio de creme. Ou então mandarem-se cheios de pressa, para arranjarem um lugarinho muita fixe durante as Sanjoaninas para irem ver a rainha (esperemos que para a próxima desfile com o vestido original, não é? hehe)
E por hoje... vou atormentar almas para outro lado.
Saudações fantasmagóricas!