terça-feira, 5 de agosto de 2008

Angra, quem te viu e quem te vê! - Parte III

Nestes belos dias de verão, que têm feito as delicias de quem gosta de tomar um baninho de mar, também eu fui molhar os lençóis ali para a Prainha, junto à Marina de Angra do Heroísmo.

Que maravilha!

Água fresquinha, areia aceitávelmente limpa, embora de notar a falta de civismo dos frequentadores dessa zona balnear, que embora, seja disponibilizado, junto dos nadadores salvadores que lá se encontram, recipientes para a colocação das beatas do cigarrinhos, ainda teimam em as colocar na areia, mas quanto a isso, pouco há a fazer. Não se pode incutir nas pessoas, o que elas não têm ou não querem ter.

Num desses dias, em que nessas areias estendi o (esqueleto não, que não o tenho!!!), olha, que me estendi, e que me banhei na tão apetitosa água, tive o prazer de assistir ao hastear da Bandeira Azul (muitos parabéns aos responsáveis que conseguiram trazer esse galardão para Angra), assisti também ao hastear da Bandeira de Acessibilidade à Prainha.

Uau! Sim Senhor, mas que feito. É de louvar.

Mas como eu, ando sempre a esvoaçar e felizmente não necessito de condições mais favoráveis para aceder aos locais, não liguei mais ao caso.

Isto até, num outro dia de merecida banhoca, me aperceber de uma situação, inadmissível nos dias que correm.

Um pai, ao querer ir até à Prainha com o seu filho adolescente, com deficiência física e mental, que apenas se desloca em cadeira de rodas, para este poder gozar do mesmo direito que qualquer um de vós mortais, tem, viu-lhe o acesso a uma Praia com Acessibilidade, vedada.

A solução para poder proporcionar ao seu filho um banho de mar que este tanto merece, foi descer pelas escadas, extremamente íngremes, diga-se de passagem, que existem de acesso à referida Zona Balnear. E a sua sorte foi ainda encontrar dois jovens conscientes que viram a situação e deram uma preciosa ajuda ao desesperado pai, que apenas queria proporcionar um dia diferente ao seu filho.

Isto porque, na entrada para o Pâteo de Alfândega, que depois permite aceder à Prainha, os carros parados em frente à entrada eram tantos que não permitiam passar com uma cadeira de rodas entre eles. E isto mesmo lá tendo um sinal de proibido parar e estacionar. E pasme-se, os carros lá parados, São da GNR e da PJ.
Que maravilha de país onde vocês vivem!

Por outro lado, o dito senhor, tentou entrar para a Marina de Angra pelo Porto das Pipas, mas a resposta que teve, nem a mim lembrava.

Pasme-se:

A Marina de Angra e o acesso à mesma é PRIVADA.

Só lá podem entrar que tem barquito ancorado na Marina.

Mas, ó meus amigos, a obra da Marina, não foi realizada com dinheiros Camarários? Dinheiros Públicos? E é PRIVADA??

E quem está a explorar a Marina, esta a pagar à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, alguma renda, para assim fazer face ao investimento e ajudar a tapar o buraco financeiro da Autarquia?

Eu não tenho nada com isso, mas vocês, mortais e habitantes desse município não o gostavam de saber?

Nisto, um casal que por ali perto se encontrava, também a deliciar-se com a água fresquinha, e que se aprecebeu da situação, menciona que poucos dias antes, ao passear com o seu filho pequeno pelo caminho de acesso à marina, foram abordados por um UTENTE da marina que lhes disse e cito, os senhores não sabem que não podem andar aqui, que isto é privado?

Mas eu se tiver um barquito ancorado na Marina e quiser ir tomar o meu cafezito ao meio da tarde ao bar que existe na zona, posso entrar com o meu brutal jeep, para lo de qualquer forma e lá estar o tempo que me der na real gana, não é?

E afinal, em que é que a Prainha de Angra do Heroísmo, é uma praia com acessibilidade?

Alguém idoso, com dificuldades de locomoção, que não se possa deslocar sem o apoio de alguém, como faz para aceder à Prainha?

Será que essas pessoas não têm direito à acessibilidade?

Isto eu gostava realmente de saber.

Pelo que vejo, na Ilha Terceira, uma pessoa com menos mobilidade e sem apoio de terceiros, não pode tomar banho, nem pode usufruir o que de melhor o mar dos Açores pode oferecer, que é a qualidade das suas Águas, porque nem forma, nem apoios para autonomamente se deslocar até à água tem.

É Home, é home, é home.......

Angra, quem te viu e quem te vê! - Parte II


Hummm....

Desculpem, desculpem....

Estou com sono!

Andei toda a noite, a arranjar com que atormentar algumas almas penadas e agora tenho sono.

Mas como os meus amigos Terceirenses, cada vez me espantam mais, vou fazer o sacrifício de aguentar sonâmbulo por mais umas horitas.

Fui eu, outro dia, ali para os lados da Terra - Chã, sítio aprazível para se passar um bom dia de sol, quando ao querer ir até à Cidade da Praia da Vitória, fiquei abismado com a situação com que me deparei.

Para nos dirigir-mos para a circular entre a Silveira e o estádio João Paulo II, para a partir daí, me deslocar para a Praia, existem várias hipóteses de trajecto:

1ª - Vindo pelo Pico da Urze, apanhar o caminho das Figueiras Pretas e descer a Canada Nova de Santa Luzia;

2ª - Vindo por São Carlos, até à nova escola aí edificada (bonito edifício, diga-se de passagem, pena é se assim se manterá por muito tempo ou não), vir pela Canada das Almas, sair no caminho de baixo de São Carlos;

3ª - Vir por São Carlos, descer a canada dos Cinco Reis e fazer o caminho de baixo de São Carlos até à Silveira.

Agora, eu devo mesmo ter atormentado muitas almas para ter uma sorte destas.

Optei pela primeira hipótese, chego à rotunda das Figueiras Pretas e o trânsito até à canada Nova de Santa Luzia, está cortado, por obras na estrada.
Solução, descer até aos Portões de São Pedro e voltar PARA TRÁS, até à Silveira, para aí então poder apanhar a circular.

Mas amanhã não me acontece o mesmo, pensei eu.

E assim foi, no dia seguinte optei pelo 2º trajecto.
Quando chego ao bairro Summerchild, mais obras na estrada.
A poeira era mais que muita. Fiquei com o lençol completamente cinzento do pó.
E voltar para trás?? É proibido!!
Aguenta se quiseres.

Sendo assim, a partir de hoje, resta-me utilizar o 3º percurso.

Mas qual não é a minha surpresa, quando no dia a seguir, ao entrar na Canada dos Cinco Reis, a mesma, TAMBÉM ESTÁ EM OBRAS.

PORRA, PORRA, PORRA!!!

Será que eu sou muito azarado, burro ou sei lá o quê?

Será possível que ninguém coordene estas obras para não coincidirem todas ao mesmo tempo?

Tanto se apregoa o cativar turismo para a Ilha, é desta forma?

Será que com tanto Sr. Engenheiro na Câmara Municipal de Angra, Serviços Municipalizados e "Obras Públicas", não há nenhum que consiga entendimento na realização destas obras que quase fecham o acesso de uma freguesia às cidades mais próximas.

Abri os olhos meus caros amigos e quem está a governar, não brinque com o dinheirinho dos pobres que por aí andam a fazer das tripas coração para levarem a sua vidinha.

E como se diz por esses lados, Haja Saúde...

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Angra, quem te viu e quem te vê! - Parte I


SANJOANINAS

Amigos Terceirenses....

Parabéns!!!

Este ano tive a certeza que vocês têm as maiores festas profanas da Região!
De facto do Alto das Covas ao Porto das Pipas, é muito terreno para palmilhar e por onde espalhar as festas.

Agora, que perderam o brilho, a tradição, o ambiente de outros anos anteriores, perderam.

Houve dias, em que me andei a passear pelas ruas de Angra durante a Sanjoaninas, e poucas pessoas se viam na rua.

Sim, sim a crise económica não ajuda, já sabemos, mas terá sido só esse o factor?

Em anos anteriores, no dia das marchas, não se conseguia andar nos passeios que ladeiam a Rua da Sé, este ano, parecia mais um dia normal numa das maiores cidades do Arquipélago.

Depois, as tasquinhas, onde andam elas?
Aquele burburinho dos foliões a comerem uma morcelinha ou uma sardinhita assada a olhar para o relógio à espera de correr para o palco e ver este ou aquele concerto e este ano, nada.

Passei ali pelos lados do Largo Prior do Crato e vi lá duas tascas, perdão restaurantes. Sim restaurantes, copinho de pé, talheres de metal, guardanapito de pano, molto bello!!!
Mas estamos nas Sanjoaninas ou nas festas da Praia da Vitória?
Separem as coisas meus amigos.

E devolvam as festas ao seu lugar de eleição: o Cerrado do Bailão!
É compreensível que que more ali ao lado se sinta incomodado pelo barulho, mas há soluções que podem ser implementadas para solucionar a questão. Basta perguntar à população.
Ouvi muito "comentador de bancada" dar a sua ponderada e qui'sa acertada opinião!

Esperemos que para o ano me supreendam.





Voltei!


Caros amigos.

Durante alguns tempos, andei por aí a "esvoaçar", por este vosso torrãozinho de terra, no meio do mar plantado e entre festas e touradas, banhocas e acampamentos, lá fui vendo o que por esses lados se ia passando.

Não se admirem de ter andado por todos esses lados, lá por ser fantasma, também gosto de dar uma perninha de quando em vez.

O problema, é o estado em que ficam os lençóis que me cobrem.

A água, já começa a faltar, mas lá chegaremos;
As touradas, são tantas, que nem tempo dá para trocar de "farpela" e mesmo com a descida do IVA (1%, imagine-se que fartura), mas os preços mantêm-se e até já fui às lojas dos chineses, mas são tão bons, mas tão bons mesmo que só a tirar da embalagem, já vêm meios rasgados.

Bem de qualquer forma, agora tirei um tempinho para por a escrita em dia, por isso, preparem-se.